terça-feira, 22 de dezembro de 2015

ANA JOAQUINA, a 2ª geração das minhas avós cariocas

Ana Joaquina Pinto de Castro, nasceu no Rio de Janeiro em 1781, filha de José Manuel Pinto de Castro e de Rosa Bernarda deJesus Ormonde Pimentel de Mesquita.

Gravura de W.Alexander - Vista do Rio de Janeiro, final do século XVIII

À data do seu nascimento, era Vice Rei, Dom Luís de Vasconcelos, o qual foi responsável por diversas obras importantes para a cidade, nomeadamente o aterro da lagoa do boqueirão, possibilitando a construção do Passeio Público, inaugurado em 1783. Em 1789 foi remodelado o chafariz do largo do Carmo (Chafariz da Pirâmide).


Parada militar no terreiro do Carmo (actual Praça XV)  (c.1789, data da inauguração do chafariz da piramide)

Ainda em 1789, o alferes Joaquim José da Silva Xavier, o “Tiradentes”, foi preso. Permaneceria preso no Rio até à sua execução três anos mais tarde, por enforcamento, virando mártir da causa separatista – o herói da Inconfidência Mineira.
Em 1795, foi criada a freguesia do Engenho Velho.

Apenas com 15 anos, Ana Joaquina casou, no Rio de Janeiro,a 28 de Agosto de 1796, na Igreja do Bom Jesus (freguesia do Santíssimo Sacramento), com Manuel José Ferreira Vilaça, natural do Rio de Janeiro, filho de Joaquim José Ferreira Vilaça e de Maria da Assunção Gomes.

Nos Banhos publicados em 1796, consta:

…Manuel José Ferreira Vilaça, com a idade de 25 anos, filho legítimo de Joaquim José Ferreira Vilaça  e de sua mulher Maria da Assunção, natural e baptizado na freguesia de Nossa Srª da Candelária aos  vinte e um dias do mês de Abril do ano de mil setecentos e setenta e um, morador nesta cidade atrás do Carmo……Ana Joaquina, com a idade de 15 anos, filha legítima de José Manuel Pinto de Castro e de sua mulher Rosa Bernarda de Jesus, natural e baptizada nesta freguesia do Santíssimo Sacramento, moradora nesta cidade do Rio de Janeiro, na Rua de S. Pedro….

A Igreja de São Pedro dos Clérigos, ou Igreja do Príncipe dos Apóstolos fora edificada, entre 1732-1740, na esquina  da Rua de S. Pedro com a Rua Miguel Couto,  pelo bispo D. António Guadalupe para sediar a irmandade dos clérigos. A Rua aberta em 1620, primeiramente chamada de Rua António Vaz Viçoso e depois Rua do Carneiro (devido ao cirurgião António Carneiro que aí morava) após a construção da Igreja, passou a ser conhecida como Rua de São Pedro.
Era nesta rua que morava a avó Ana Joaquina quando casou em 1796, com a idade de 15 anos.
Em 1817, passou a ser, oficialmente, Rua Desembargador Antonio Cardoso, nome que não pegou, permancendo a designação de São Pedro.
Em 1943, a construção da Av.Presidente Vargas transformou a Rua de São Pedro em sua pista lateral direita (lado par), e a Rua General Câmara, em pista lateral esquerda (lado ímpar); os quarteirões entre elas foram demolidos para formar a pista central. Chegaram a pensar em mover a igreja, usando rodízios, mas o custo elevado tornou proibitivo o salvamento; foi demolida em nome do “progresso”.

A Igreja de S. Pedro era uma jóia do barroco carioca, sendo uma das igrejas mais importantes da cidade.
(foto de Marc Ferrez c.1898)
Interior da Igreja de S. Pedro, numa gravura do século XIX; o seu interior foi totalmente decorado por mestre Valentim em talha em estilo Rococó.
Rua de S. Pedro assinalada a tracejado amarelo e avenida Rio Branco a azul; estão também assinaladas a Igreja da Candelária e a Igreja de S. Pedro. Imagem aérea obtida antes da abertura da Av. Presidente Vargas.
Vista após as demolições do casario entre a Rua de S. Pedro, à esquerda, e a Rua General Câmara à direita na foto, vendo-se ao fundo a cúpula da Igreja da Candelária
Espaço deixado vago após as demolições e onde surgiria a Av. Presidente Vargas
Avenida Presidente Vargas na década de 40, estando assinalado o local onde estava erigida a Igreja de S. Pedro dos Clérigos

Manuel José Ferreira Vilaça era Guarda Mor da Alfândega do Rio de Janeiro, assim sendo referido nos registos de baptismo de alguns dos seus filhos.

Manuel José e Ana Joaquina, tiveram nove filhos:
- Manuel, nasceu a 06.07.1801 e foi baptizado a 12.07.1801 (livro 9 bp da Candelária (1800-1809)/f19)

- Porfíria, foi baptizada a 05.03.1803 (livro 9 bp da Candelária (1800-1809)/f61v)

- Catarina de Sena Pinto de Castro Vilaça, que segue (nasceu a 27.05.1804)

- Maria (Maria Madalena Pinto de Castro Vilaça, casou a 05.09.1819 com Miguel Dias (irmão de José Dias Mafra, que casou Catarina de Sena)

- Ana, nasceu a15.08.1809 e foi baptizada a  24.08.1809 (livro 10 bp da Candelária (1809-1819)/f2)

- António, foi baptizado a 26.03.1813, sendo padrinho, o seu tio António José Vilaça (livro 10 de baptismos da Candelária (1809-1819)/f96)

- Rosa, foi baptizada a 27.08.1811 (livro 10 de baptismos da Candelária (1809-1819)/f58)

- Mariana, foi baptizada a 21.05.1815 (livro 10 de baptismos da Candelária (1809-1819)/f156)

- Rita, nasceu no Rio de Janeiro a 22.07.1816, tendo sido baptizada por seu tio paterno, o reverendo Joaquim José Ferreira Vilaça, a 29.07.1816(livro 10 bp da Candelária (1809-1819)/f181)

A data do casamento de sua filha, em 1821, a família do guarda mor Manuel José Ferreira Vilaça, não seria muito diferente da retratada por Debret.

Um burocrata em passeio com a família por Jean- Baptiste Debret (“Voyage pittoresque et historique au Brésil ou
Séjour dún artiste français au Brésil, depuis 1816 jusqu´en 1831”, publicado em Paris 1834-1839)


Cena domestica por Jean Baptiste Debret - 1818

A Ascendência de Manuel José Ferreira Vilaça,

Manuel José Ferreira Vilaça nasceu na freguesia da Candelária no Rio de Janeiro, a 27.05.1771, filho de Joaquim José Ferreira Vilaça, e de Maria da Assunção da Rosa.
§1
Os “Ferreira Vilaça”
(de Stª Cecília de Vilaça, Braga)

O pai de Manuel José Ferreira Vilaça, Joaquim José Ferreira tinha passado ao Brasil, na década de quarenta do século XVIII. Já no Brasil, terá adoptado o toponímico “VILAÇA”, em homenagem à terra que o viu nascer (Stª Cecília de Vilaça, à data freguesia de Barcelos e actualmente de Braga).

Esta era uma prática habitual à época e frequentemente os toponímicos adoptados adquiriam um peso mais importante do que o próprio nome de família.


A consulta dos registos paroquiais de Stª Cecília de Vilaça, permitiu encontrar os pais, avós e bisavós de Joaquim José Ferreira Vilaça


Ascendência de Joaquim José Ferreira Vilaça
1- Gonçalo Ferreira – Foi o mais antigo “Ferreira” que encontrámos; terá nascido no início do século XVII em Stª Cecília de Vilaça. Casou com Maria Gonçalves, também de Stª Cecília de Vilaça.Tiveram Domingos Ferreira, que segue. A data do primeiro casamento de seu filho, em 1671, já ambos tinham falecido.


2- Domingos Ferreira. Casou a primeira vez na freguesia da Sé, em  Braga, a 1.03.1671, com Serafina Pereira.


Registos Paroquiais de Braga, Livro Misto (Sta Maria Maior, Sé, Braga) – 01.03.1671/f111

Casou a segunda vez na freguesia de Stª Maria de Via Todos, de Barcelos, a 17.02.1678, com Joana Gonçalves, filha de Pedro Gonçalves e de Maria Gonçalves, todos da dita freguesia

Registos Paroquiais de Stª Maria de Via Todos, Barcelos; Liv 746 /f98v

Deste casamento nasceu Manuel Ferreira, que segue.

3- Manuel Ferreira Nasceu no lugar de Febros, freguesia de Stª Maria de Via todos, em Barcelos, onde foi baptizado a 05.07.1687.


Registos Paroquiais de Stª Maria de via Todos, Barcelos; Liv 746 /f27v

Casou pela primeira vez com Isabel Francisca.

Casou pela segunda vez, em Stª Cecília de Vilaça, a 23.08.1716, com Catarina Gomes, filha de João Gomes Panasco e Maria Gonçalves.



Deste segundo casamento nasceu Joaquim José Ferreira, que segue.

4- Joaquim José Ferreira Vilaça, nasceu no lugar da Cobrada, freguesia de Stª Cecília de Vilaça, Braga, a 20.03.1725. Foi baptizado a 25.03.1725. terá passado ao Brasil em meados do século XVIII.

Chegada de navio ao porto do Rio de Janeiro no final do século XVIII - terá sido esta a vista que Joaquim José Ferreira admirou ao entrar na baía de Guanabara, ao largo do Rio de Janeiro.
Joaquim José Ferreira Vilaça casou com Maria da Assunção da Rosa (N 509, §2 “Rosa” do Faial), na freguesia da Candelária da cidade do Rio de Janeiro, a 09.01.1763


Livro de casamentos da Freguesia da Nossa senhora da Candelária, Rio de Janeiro - 09.01.1763/ f13
Tiveram:
- Manuel José Ferreira Vilaça, que segue
- Joaquim José Ferreira Vilaça; sacerdote. Baptizou sua sobrinha Rita, filha de Manuel José Ferreira Vilaça e Ana Joaquina Pinto de Castro (Livro de registos de baptismo da Candelária – livro nº 9 (1800 –1809/ f169)



§2
Os “Rosa”
(do Faial, Açores)

1- João da Rosa, nasceu na freguesia dos Cedros, da Ilha do Faial.
João da Rosa casou com Maria Pereira, que nasceu na freguesia dos Flamengos, Ilha do Faial (faleceu na freguesia da Conceição, Horta, Ilha do Faial, a 14.12.1748)
Tiveram:
- António Rosa, que segue

2- António da Rosa, nasceu na freguesia da Conceição da Horta, Ilha do Faial, onde foi baptizado a 11.01.1721, filho de João da Rosa e de Maria Pereira
António da Rosa casou com Inês do Nascimento, (natural da freguesia de N. Srª da Luz, lugar de Flamengos, da Ilha do Faial), filha de Pedro Gomes e de Maria Gomes.
Passaram ao Brasil por volta de 1742/44, pois sua filha Maria da Assunção da Rosa, já nasceu no Rio de Janeiro.

3- Maria da Assunção da Rosa nasceu na freguesia da Candelária na cidade do Rio de Janeiro, a 18.05.1745, (tendo sido baptizada a 27.05.1745), filha de António da Rosa e de Maria Pereira, naturais da Ilha do Faial Açores

Livro de registos de baptismo da Candelária – livro nº 6 (1734/1757 – f169)
“Aos vinte e sete de Maio de mil setecentos e quarenta e cinco, nesta Paroquial baptizei e pús os santos óleos a Maria, filha legítima de António da Rosa, sem ofício e de sua mulher Inês do Nascimento, ambos da Ilha do Faial, ele da freguesia da Conceição e ela da de N. Srª da Luz, lugar dos Flamengos e moradores nesta cidade na Rua de trás do Hospício, neta pela parte paterna de João da Rosa e de sua mulher Maria Pereira e pela parte paterna de Pedro Gomes e Maria Gomes, todos do Faial; Foram padrinhos Martinho Pereira da Silva e Maria de S. José, mulher de Martinho Alvares Pinto. Nasceu aos dezoito do corrente”
O vigário Ignácio Manuel


ROSA BERNARDA, a 1ª geração das minhas avós cariocas



Rio de Janeiro no século XVIII

ROSA BERNARDA DE JESUS ORMONDE PIMENTEL, nasceu no Rio de Janeiro a 7 de Julho de 1748, filha de Manuel Pimentel de Mesquita e de Inácia de Jesus Ormonde.

Seu pai, Manuel Pimentel de Mesquita, nasceu em 1675 em Stª Bárbara na Ilha Terceira, Açores, filho de Manuel Pimentel de Mesquita e de Maria Madalena Romeiro.Serviu á sua custa como soldado no Castelo de S. João Baptista, de 1706 a 1712. Casou pela primeira vez em Stª Bárbara com Isabel Rodrigues da Ressurreição, de quem teve vários filhos. O mais velho dos quais, Manuel Rodrigues Pimentel, veio a ser Arcebispo da Sé de Angra.
Em 1715, foi nomeado Tabelião do público e do Judicial em Angra. Após a morte da sua primeira mulher, passou ao Brasil.

Aos 68 anos, casou, no Rio de Janeiro, na Candelária, a 30.09.1743 (f98v) com Inácia de Jesus Ormonde, também natural da Ilha Terceira, da freguesia de Stª Catarina do Cabo da Praia, filha de António Cardoso e de Catarina Assunção, como consta do respectivo assento de casamento.

Livro de registos de casamento da Candelária/Rio de Janeiro – f98v

Aos trinta de Setembro de mil setecentos e quarenta e três anos, nesta paroquial, em minha presença e das testemunhas abaixo nomeadas, se receberam em matrimónio por palavras do presente, feitas as diligências na forma do sagrado Concílio Tridentino e Constituição, Manuel Pimentel de Mesquita, natural da Ilha Terceira, viúvo que ficou de Isabel Margarida da dita freguesia e morador nesta freguesia na Rua dos Pescadores, com Dona Inácia de Ormonde, natural da freguesia de Stª Catarina do Cabo da Praia da sobredita Ilha, filha legítima de António Cardoso e de sua mulher Dona Catarina da Assunção, moradora nesta freguesia e da mesma rua, como tudo me constou da provisão que me apresentaram do muito Reverendo Juiz dos casamentos o Doutor Henrique Moreira de Carvalho. E por me não constar de impedimento algum e tendo se confessado, lhes assisti e dei as bênçãos, sendo testemunhas Manuel Correia da silva e Domingos Francisco Braga, de que fiz este assento e assinaram comigo.”
O Vigário Inácio Manuel

Rosa Bernarda de Jesus Ormonde Pimentel de Mesquita, foi baptizada na freguesia da Candelária, no Rio de Janeiro a 7 de Julho de 1748, tal como consta no seu assento de baptismo.

Livro de registos de baptismo da Candelária – livro 6; 1734-1757/f257
“Aos dezoito dias de Julho de mil setecentos e quarenta e oito, nesta Paroquial baptizei e pus os Santos Óleos a Rosa, filha legítima de Manuel Pimentel de Mesquita, natural da Ilha Terceira e de sua mulher D. Inácia de Jesus Ormonde, da mesma ilha e moradores nesta freguesia. Neto pela parte paterna de Manuel Pimentel de Mesquita e de Maria Madalena, já falecidos e pela parte materna, de António Cardoso….. e de D. Catarina da Ascenção, todos da dita Ilha. Foram padrinhos João do Couto Pereira e Francisca Rosa de São Boaventura, mulher de Dionísio da Costa. Nasceu aos sete do corrente”
O Vigário Ignácio Manuel

Casou, no Rio de Janeiro, com José Manuel Pinto de Castro, natural de Vila Flor, (Bragança;Portugal), filho de António Pinto de Castro (nascido na freguesia de Sampaio, Vila Flor e aí baptizado a 31.05.1686) e de Catarina Josefa de Morais, neto paterno de Domingos Afonso Lopes e de sua mulher Úrsula Pinto de Castro e neto materno do licenciado António Fernandes de Mesquita e de sua mulher D. Ana Maria Correia de Morais Alcoforado, os quais se receberam em Vila Flor a 20.06.1690.

Terá passado ao Brasil provavelmente como militar pois é referido num registo da Candelária, como Capitão José Manuel Pinto de Castro.

Assinatura de José Pinto de Castro como testemunha num casamento na Candelária no Rio de Janeiro em 1777 (PRQ –RJ; CANDELÁRIA-Livro Casamentos 1764-1782/ f143v (tif 127)


Do casamento de José Manuel Pinto de Castro com Rosa Bernarda de Jesus, nasceu pelo menos uma filha, Ana Joaquina Pinto de Castro.

No registos paroquiais do Rio de Janeiro, encontramos um assento de baptismo de “... Gertrudes, filha de Mariana, preta, escrava de José Pinto de Castro” aos dezasseis dias do mês de Setembro de mil setecentos e oitenta o que atesta a posição social de José Pinto de Castro.


segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

O MEU AVÔ DOMINGOS JOANES - O Cavaleiro de Oliveira do Hospital (2ª parte);

Do meu avô Domingos Joanes até mim


§1º

01. Domingos Joanes(2) - O Cavaleiro de Oliveira; casou com Domingas Sabachais; Tiveram:
  • Martim Domingues.

02. Martim Domingues(2) – Foi Senhor da capela dos Ferreiros e do morgado de Touriz na freguesia de Midões; Sabe-se que foi seu filho, Pedro Martins, que segue.

03. Pedro Martins(2) - Foi Senhor da capela dos Ferreiros e do morgado de Touriz e é referido nas inquirições de D. Afonso III como fidalgo de Touriz recebendo por tal facto metade do valor das contribuições locais para a coroa. Por privilégio real, os moradores de Touriz não eram obrigados  a ir à guerra.
Sabe-se que foi seu filho, Martim Peres, que segue.

04. Martim Peres(2) - foi Senhor da capela dos Ferreiros e do morgado de Touriz. Sabe-se que foi sua filha, Senhorinha Martins, que segue.

05. Senhorinha Martins(2) - Foi Senhora da capela dos Ferreiros e do morgado de Touriz. Casou com Vicente Anes Correia e tiveram:
  • Catarina Vicente Correia, que segue.

06. Catarina Vicente Correia(2) - Foi herdeira e Senhora da capela dos Ferreiros e do morgado de Touriz. Casou com Gonçalo Anes do Amaral, descendente de D. Afonso Ermigues, o primeiro a utilizar o apelido "Amaral", que é um toponímico, retirado da "Quinta do Amaral", no termo de Viseu. D. Afonso Ermigues herdou a quinta de seu pai, D. Ermigo Pais, o qual, segundo os livros de linhagem, era descendente do Rei Ramiro II de Leão. 
Catarina Vicente Correia e Gonçalo Anes do Amaral,  tiveram:
  • Martim Gonçalves do Amaral, que segue
  • Lourenço Gonçalves do Amaral com geração

07. Martim Gonçalves do Amaral(2) - Viveu no reinado de D. Afonso V e foi Senhor da capela dos Ferreiros e do morgado de Touriz. Casou com Mécia Dias, da família "Homem Costa" da Lajeosa,(Oliveira do Hospital) filha de Álvaro Dias, cavaleiro de D. João I, que combateu ao lado do Mestre de Avis na batalha de Aljubarrota em 1385.

Batalha de Aljubarrota 1385 (Jean d´Wayrin - Chronique d´Angleterre; século XV - 1479/80.

Martim Gonçalves do Amaral e Mécia Dias Gomes tiveram:
  • João Gonçalves do Amaral
  • Frei André do Amaral (já referido anteriormente)
  • Pedro Rodrigues do Amaral
  • Beatriz Gonçalves do Amaral, que segue.
  • Simão do Amaral
  • Joana do Amaral

08. Beatriz Gonçalves do Amaral(2) - Casou com Pedro Colaço Godinho referido como "Cavaleiro da Casa dos Reis D. Manuel I e D. João III", filho de Pedro Colaço, fidalgo da Casa de D. João II e de Catarina Faleiro; neto paterno de Afonso Colaço e de Antónia Godinho e materno do Dr Pedro Faleiro, corregedor da corte de D. Afonso V, e de Filipa Rodrigues Galvão (irmã de D. João Galvão, Bispo de Coimbra, 1º Conde de Arganil e Arcebispo de Braga).
O casal viveu em Midões, Tábua e tiveram:
  • Frei Tristão do Amaral, comendador de Sernancelhe na Ordem de Malta
  • Frei Pedro Colaço Godinho, comendador de Arouca
  • Frei Gonçalo do Amaral, comendador no Alentejo na Ordem de Cristo
  • António Colaço Godinho, fidalgo cavaleiro e comendador da Ordem de Cristo.
  • Gaspar do Amaral
  • Isabel Godinho do Amaral
  • Ana Godinho do Amaral, que segue.

09. Ana Godinho do Amaral(2) – Nasceu em Midões. Casou com o Licenciado António Fernandes da Costa, o qual era natural de Sortelha e que é referido como "filho bastardo de Simão Fernandes da Costa", abade comandatário do Mosteiro de Stº André de Rendufe e de Joana de Amaral"O abade Simão Fernandes da Costa é tido como filho de António Azevedo Coutinho e neto paterno de D. Francisco de Viveiros, fidalgo castelhano que passou ao reino de Portugal em 1484, tendo casado com D. Maria da Costa, filha de Gaspar da Costa, Senhor do Ninho de Açor, cavaleiro fidalgo e de sua mulher D. Maria Manso
António Fernandes da Costa era licenciado em cânones, foi desembargador da Casa da Suplicação, e lente do Real Colégio de S. Paulo de Coimbra.

Real Colégio de S. Paulo de Coimbra, fundado por D. João III em 1549 e incorporado na Universidade de Coimbra por D. Catarina, regente do reino, em 1562.

Ana Godinho do Amaral e seu marido viveram em Midões e tiveram, pelo menos, três filhos:
  • Simão da Costa do Amaral – morreu com D. Sebastião na Batalha de Alcácer Quibir; deixou descendência. Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, era seu quarto neto.
  • Isabel Godinho do Amaral (segue no §2º;N10) – de quem descende a minha mãe, Maria Luísa de Campos Amaral Rocha. 
  • Beatriz Godinho do Amaral (segue no §3º;N10) – de quem descende o meu pai, João Alexandre de Oliveira. 

§ 2º

10. Isabel Godinho do Amaral(3) - casou em Midões com Mateus Miranda de Castelo Branco, filho de João Nunes Coelho de Miranda e de Ana Rodrigues de Castelo Branco. Viveram em Midões e tiveram:
  • Simão de Miranda Brandão, moço-fidalgo da Casa Real
  • António Brandão Castelo Branco, capitão mor das vilas de Midões e Couto, provedor da Misericórdia de Gois e fidalgo de cota de armas (Castelo Branco, Godinho, Brandão e Miranda)
  • Luísa do Amaral Castelo Branco
  • Ana de Miranda Godinho, que segue.
  • Isabel Godinho

11. Ana de Miranda Godinho(3) - casou com João Correia Botelho, o qual era natural de Canas de Senhorim, filho de Domingos Dias Viegas e de sua mulher Antónia Correia Botelho
Domingos Dias Viegas, também natural de Canas de Senhorim, era fidalgo da Casa Real e foi capitão em Nápoles, ao serviço do Imperador Carlos V. Foi comendador da Ordem de Cristo, contador da Comarca da Beira (carta de 04.06.1567; ANTT - Chancelaria de D. João III, liv 30, fl 100v) aposentador-mor da Rainha D. Catarina. 
Sua mulher, Antónia Correia Botelho era filha de Aires Botelho de Proença, moço de Câmara de D.João III. Foi proprietário do ofício de juíz das sisas da Covilhã (carta de 25.01.1500; ANTT - Chancelaria de D. Manuel; liv 14; fl 92v), contador do Tejo até ao Minho (carta de 22.10.1530; ANTT - Chancelaria de D. João III, liv 43, fl 125), e escrivão da correição de Lamego (carta de 25.12.1544 ANTT - Chancelaria de D. João III,liv 5, fl 40). Foi comendador da Ordem de Cristo (ANTT - Chancelaria de D. João III, liv 21, fl 14v). Mandou construir a Casa dos Botelhos em Seia e em 1542, mandou reedificar a capela românica de S. Pedro, como consta de lápide aí colocada

Capela de S. Pedro em Seia

"ESTA:CAPELLA:MANDOV:FAZER:AIRES:BOTELHO:DE:NOVO:PER: AO:BOTELHO:SEV:FILHO:PERA:ELLE:E:SEUS:DESCENDENTES:NO: ANNO:DE:1542"
Casa dos Botelhos em Seia, mandada construir no século XVI por Aires Botelho

Ana de Miranda Godinho e seu marido João Correia Botelho viveram em Midões e tiveram: 
  • Maria Viegas Botelho, que segue. 
  • Mateus Botelho (bp a 04.04.1581)
  • Luísa de Proença
  • Feliciana Botelho de Miranda 
  • Simão Botelho de Miranda 
  • Ana Botelho
João Correia Botelho faleceu em Midões a 29.08.1616.

12. Maria Viegas Botelho(3) - Viveu com seu marido Domingos Quaresma em Midões. Tiveram entre outros filhos, Ana Botelho que segue. 
Domingos Quaresma faleceu a 13.12.1636 e sua mulher a 01.10.1642.

13. Ana Botelho(3) - Nasceu em Midões onde foi batizada a 16.08.1618 e aí casou a 03.11.1649 com António de Miranda de quem se refere que foi "sapateiro e hoje vive do fruto de sua fazenda". Viveram em Midões como lavradores e tiveram:
  • Jacinto de Miranda Botelho (bp a 21.08.1650); tomou ordens menores em 1673 e de epístola em 1676 (AUC - Ordenações sacerdotais, cx 575)
  • Maria (bp 26.01.1652)
  • Estevão de Miranda Botelho, que segue.
  • Ana (bp 26.04.1656)
  • Isabel Botelho de Miranda (bp 15.11.1657)
  • Francisco (bp 10.10.1659)
António de Miranda faleceu em Midões a 19.08.1694

14. Estevão de Miranda Botelho(3;4) - Nasceu em Midões onde foi batizado a 09.02.1655.
Casou em Midões a 16.01.1671 com Antónia de Airó, viúva de Manuel Ribeiro, filha do  Capitão Pedro Sengo e de Antónia de Airó Correia, neta paterna de João Sengo e de Isabel de Airó e materna de António Correia Botelho e de Isabel de Airó da Costa.
Viveram em Midões onde nasceram os seus filhos:
  • Maria (bp 17.09.1677)
  • Francisco (bp 20.04.1680)
  • Micaela de Airó Correia, que segue.
  • Estevão (bp 16.02.1685)
  • Isabel (bp 14.01.1687)
  • Isabel (bp 03.07.1689)
  • António (bp 26.08.1691
  • Alexandre (bp 26.02.1697)
Estevão de Miranda Botelho faleceu em Midões a 30.04.1709.

15. Micaela de Airó Correia Nasceu em Midões onde foi batizada a 16.12.1682.

Arquivo da Universidade de Coimbra (AUC) – Registos paroquiais de Midões; Mistos 1565/1699 – 16.12.1682/f.55
"Em os dezasseis de Dezembro de mil seiscentos e oitenta e dois batizei a Micaela, filha de Estevão de Miranda e de sua mulher Antónia de Airó. Foram padrinhos Estevão Soares e Margarida Soares, filhos de Manuel Soares todos desta vila e freguesia"

Micaela de Airó Correia casou em Midões com Manuel Gomes de Carvalho, o qual era natural de Midões, onde foi batizado a 19.01.1699, filho de António Alvares (de S. Paio de Gramaços) e de Sebastiana Nunes (de Lagos da Beira). Tiveram, entre outros filhos, Manuel Gomes de Miranda, que segue.

16. Manuel Gomes de Miranda Nasceu em Midões onde foi batizado a 09.03.1724.

Arquivo da Universidade de Coimbra (AUC)  – Registos paroquiais de Midões;       09.03.1724/f110
"Em os nove dias do mês de Março de mil setecentos e vinte e quatro eu Francisco de Oliveira Tavares vigário nesta Igreja de Midões, na pia dela batizei a Manuel, filho de Manuel Gomes e de Micaela de Airó desta Vila, neta paterna de António Alvares e de sua primeira mulher moradores no lugar de Gramaços, freguesia de Oliveira do Hospital e materna de Estevão de Miranda e de Antónia de Airó desta Vila. Foram padrinhos Roque Ribeiro de Abreu desta vila..."


Manuel Gomes de Miranda casou na Lajeosa, Oliveira do Hospital a 22.01.1748, com Teodora Gomes, a qual era natural da Lajeosa, onde foi batizada a 30.11.1720, filha de José Gomes dos Santos  e de Sebastiana Nunes.

Arquivo da Universidade de Coimbra (AUC)  –Registo paroquiais da Lajeosa; Mistos 1719/1787 – 22.01.1748/f38v
"Aos vinte e dois de Janeiro de mil setecentos e quarenta e oito anos, se receberam em minha presença e das testemunhas adiante nomeadas por marido e mulher a Manuel Gomes de Miranda natural do lugar de Gramaços, freguesia de Oliveira do Hospital, filho de Manuel Gomes de Carvalho, natural de Gramaços e de Micaela de Airó, natural de Midões, neto paterno de antónio Alvares de S. Paio de Gramaços e de Helena Gomes natural do mesmo lugar e neto materno de Estevão de Miranda natural de Midões e de Antónia de Airó, natural da mesma vila de Midões o qual casou por procuração bastante com Teodora Gomes natural do Lugar da Lajeosa filha do terceiro matrimonio de José Gomes dos Santos natural de Gavinhos de baixo e de Sebastiana Nunes natural da vila de Lagos, neta paterna de Manuel Fernandes, natural de Gavinhos de baixo  e de Angela F. natural de gavinhas de baixo e pela materna de Manuel Marques, natural da vila de Lagos e de Maria Nunes natural de Sandomil.....................foram testemunhas, que presentes estavam, o reverendo padre Manuel Fernandes Brandão e  José de Abreu..."

Manuel Gomes de Miranda e sua mulher Teodora Gomes viveram na Lajeosa, onde nasceram seus filhos:
  • Casimiro Gomes de Miranda, que segue.
  • João Gualberto de Miranda (bp 19.07.1750)
  • Luís José (bp 16.05.1752)
  • José (bp 13.10.1754)
  • Lino (bp 23.09.1758)

17. Casimiro Gomes de MirandaNasceu na Lajeosa, onde foi batizado a 07.01.1749.

Arquivo da Universidade de Coimbra (AUC)  –Registo paroquiais da Lajeosa; Mistos 1601/1769 –bp 07.01.1749/f.76 
"Aos sete de Janeiro de mil setecentos e quarenta e nove anos batizei solenemente a Casimiro que nasceu em os trinta de Setembro de mil setecentos e quarenta e oito, filho legítimo de Manuel Gomes de Miranda natural de Midões e de Teodora Gomes natural deste lugar, neto paterno de Manuel Gomes de Carvalho natural ..."
Arquivo da Universidade de Coimbra (AUC)  –Registo paroquiais da Lajeosa; Mistos 1601/1769 –bp 07.01.1749/76v 
"... de Gramaços e de Micaela de Airó natural da Vila de Midões e pela materna de José Gomes dos Santos natural de Gavinhos de baixo e de Sebastiana Nunes natural de Lagos. Foram padrinhos Casimiro dos Reis e Margarida, filha de Manuel Carvalho do lugar de Gramaços. Testemunhas que presentes estavam António Gomes e o Padre Caetano Gomes deste lugar e por verdade fiz este assento que assinei dia mês era et supra"

Casimiro Gomes de Miranda, casou em Meruge, Oliveira do Hospital, na Igreja de S. Miguel, a 28.02.1770, com Aurélia Maria Nunes, a qual era natural de Nogueirinha, onde nasceu a 28.02.1754, filha de André António Nunes e de Rosa Maria, ambos de Meruge

Arquivo da Universidade de Coimbra (AUC)  – Registo paroquiais de Meruge – Casamentos  28.02.1770/f.173
"Aos vinte e oito doas do mês de Fevereiro de mil setecentos e setenta, se receberam em minha presença e das testemunhas abaixo nomeados e assinados a Casimiro Gomes do lugar e freguesia da..."
Arquivo da Universidade de Coimbra (AUC)  – Registo paroquiais de Meruge – Casamentos  28.02.1770/f.173v
"... da Lajeosa, filho legítimo de Manuel Gomes de Miranda e de sua mulher Teodora Gomes, com Aurélia Maria Nunes natural do lugar de Nogueirinha desta freguesia, filha legítima de André Nunes e de sua mulher Rosa Maria, já defunta deste lugar. Foram testemunhas Caetano Gonçalves e Marcelino da Cunha deste sobredito lugar de Nogueirinha de que fie este assento dia mês ano et supra"
O coadjutor Manuel do Amaral
Arquivo da Universidade de Coimbra (AUC)  – Registo paroquiais de Meruge – Batismos  29.02.1780/f.101v
Assinatura de Casimiro Gomes de Miranda e de seu irmão João Gualberto de Miranda como testemunhas num batismo em Meruge a 29.02.1780

Casimiro Gomes de Miranda e sua mulher Aurélia Maria Nunes viveram em Nogueirinha, Meruge, onde nasceram seus filhos:
  • José Gomes (bp 13.09.1774)
  • Maria Teresa (bp 12.01.1777)
  • Manuel Caetano da Cruz (bp 08.09.1779)
  • António (bp 04.11.1782)
  • Maria Teresa de Jesus Emília de Miranda, que segue.
  • Teresa Rosalina de Miranda (bp 18.07.1877)
  • Ana (bp 16.07.1798)

18. Maria Teresa de Jesus Emília de MirandaNasceu em Nogueirinha, Meruge (Oliveira do Hospital), a 01.10.1785 e aí foi batizada a 07.10.1785.

Arquivo da Universidade de Coimbra (AUC)  – Registos paroquiais de Meruge, Oliveira do Hospital – Bp 07.10.1785/f 121
" Aos sete dias de Outubro de mil setecentos e oitenta e cinco, batizei solenemente e pús os Santos Óleos a Maria que tinha nascido em o primeiro dia do dito mês de Outubro, filha legítima de Casimiro Gomes e de Aurelia Maria Nunes do lugar de Nogueirinha, neta paterna de Manuel Gomes de Miranda e de Teodora Gomes da Lajeosa, onde foram moradores e materna de André Nunes e de Rosa Maria de Nogueirinha; foram padrinhos João Gualberto de mesmo lugar e Rosa Gomes da Lajeosa..."

Igreja de S. MIguel de Meruge, Oliveira do Hospital, onde foi batizada e onde casou  Maria Teresa de Jesus Emília de Miranda.

Maria Teresa casou em Meruge, na Igreja de S. Miguel, a 01.10.1821, com António da Costa Freire Castelo Branco(5), o qual era natural de Midões, onde nasceu a 23.06.1797, filho de Bernardo José Ferreira e de Maria Rita de Sousa Freire. Maria Teresa e António eram primos em 2º grau (parentes em 3º grau de consanguinidade; José Gomes dos Santos era bisavô de ambos)

Arquivo da Universidade de Coimbra (AUC)  – Registos paroquiais de Meruge, Oliveira do Hospital – Casamentos 01.10.1821/f 37 
" Em o dia um do mês de Outubro de mil oitocentos e vinte e um em esta paroquial Igreja de S. Miguel  de Meruge em minha presença e das testemunhas abaixo, receberam o sacramento do matrimónio António da Costa Freira Castelo Branco e Maria Teresa de Jesus Emília de Miranda, aquele filho legítimo de Bernardo José Ferreira e do lugar de Stª Ovaia e de D. Maria Rita da vila de Midões e aquela filha de Casimiro Gomes de Miranda do lugar da Lajeosa e de Aurélia Maria do lugar de Nogueirinha desta freguesia. Declaro que António da Costa é natural da vila de Midões e que achando-se parentes em terceiro grau de consanguinidade foram dispensados por induto apostólico que foi julgado valioso pela sentença que me foi apresentada e proferida pelo juízo eclesiástico deste bispado de Coimbra no dia seis do corrente mês de Outubro e para constar passo este termo que assino com as testemunhas, o doutor Pedro Gomes de Miranda e Caetano Gomes de Miranda desta freguesia. Dia mês e era supra"
                                                           O prior Adrião Dâmaso Saldanha
António da Costa Freire Castelo Branco e Maria Teresa de Jesus Emília de Miranda viveram em Nogueirinha , onde nasceram seus filhos:
  • Maria dos Prazeres da Costa Freire Castelo Branco
  • Maria Leopoldina Da Costa Freire Castelo Branco, que segue.
  • Ana da Costa Freire
  • Francisco de Paula da Costa Freire Castelo Branco (bp 02.05.1827)

19. Maria Leopoldina da Costa Freire Castelo Branco Nasceu em Nogueirinha, Meruge, onde foi batizada a 15.10.1821.

Arquivo da Universidade de Coimbra (AUC)  – Registos paroquiais de Meruge, Oliveira do Hospital – Bp 15.10.1821/f40
"Aos seis dias do mês de Novembro de mil oitocentos e vinte e um batizei solenemente e pus os Santo Óleos a Maria Leopoldina dos Prazeres, que nasceu aos  quinze do corrente, digo, do mês próximo passado e filha legítima e entre ambos do primeiro casamento de António da Costa Freire e de Maria Teresa de Jesus Emília de Miranda, aquela da vila de Midões e aquela de Nogueirinha e neta paterna de Bernardo José Ferreira do lugar de Stª Ovaia e de D. Maria Rita da vila de Midões e materna de Casimiro Gomes de Miranda e de Aurélia Maria, aquele do lugar da Lajeosa de Lagos da Beira e aquela de Nogueirinha desta freguesia. Foram padrinhos José da Silva Camelo e sua mulher a Senhora D. Maria Delfina Freire do Amaral da vila de Bobadela e para constar passo este termo que assino com as testemunhas abaixo. Dia mês e era supra."
"O prior Adrião Dâmaso Saldanha"

Casou em Meruge a 03.05.1840, com Francisco Ribeiro do Amaral, também ele natural de Nogueirinha, Meruge, onde nasceu a 28.10.1813, filho de Manuel do Amaral e de Josefa Pinto Ribeiro

Arquivo da Universidade de Coimbra (AUC)  – Registos paroquiais de Meruge, Oliveira do Hospital – Casamentos 03.05.1840/f15v
"Aos três dias de Maio de mil oitocentos e quarenta na minha presença e das testemunhas abaixo assinadas receberam o sacramento do matrimónio Francisco Ribeiro do Amaral filho legítimo de Manuel do Amaral de Vila Ruiva de Senhorim bispado de Viseu e Josefa Rita Ribeiro de ..."
Arquivo da Universidade de Coimbra (AUC)  – Registos paroquiais de Meruge, Oliveira do Hospital – Bp 03.05.1840/f16
"...Nogueirinha desta freguesia, bispado de Coimbra e Maria Leopoldina filha legítima de António da Costa Freire de Travanca, Oliveira do Hospital e D. Maria Teresa, de Nogueirinha, desta freguesia de Meruge..."
"O prior Domingos José de Pinto Sousa do Amaral"
Francisco Ribeiro do Amaral e Maria Leopoldinada Costa Freire Castelo Branco viveram em Nogueirinha e aí nasceram os seus filhos:
  • Joaquina Rosa Ribeiro do Amaral, que segue.
  • António Ribeiro do Amaral (bp 16.11.1842)
  • Joaquim Ribeiro do Amaral (bp 18.07.1844)
  • Rita Ribeiro do Amaral (bp 30.12.1846)
  • Maria (bp 05.05.1849)
  • Maria Ribeiro do Amaral (bp 09.07.1851)

20. Joaquina Rosa Ribeiro do Amaral Nasceu em Nogueirinha, Meruge, onde foi batizada a 29.04.1841.

Arquivo da Universidade de Coimbra (AUC) - Registos paroquiais da freguesia de Meruge, Oliveira do Hospital - Bp 1841/f46v
"Aos vinte e nove de Abril de mil oitocentos e quarenta e um nesta Igreja de Meruge, batizei solenemente e pus os Santos óleos a Joaquina, filha legítima de Francisco do Amaral e Maria Leopoldina de Nogueirinha, neta paterna de Manuel do Amaral, natural do lugar de Vila Ruiva da freguesia de Senhorim, bispado de Viseu e Josefa Ribeiro, natural de Nogueirinha desta freguesia; neta materna de António da Costa Freire, natural de Travanca de Lagos e de Maria Teresa de Miranda, natural de Nogueirinha desta freguesia. Foram padrinhos Manuel de Amaral junior e sua irmã Joaquina Rosa de Amaral, tios paternos da sobredita baptizada. Foram testemunhas Caetano José de Miranda e Manuel martins de Nogueirinha. E para constar fiz este assento que assino dia, mês, era et supra"

Casou em Lagos da Beira, Oliveira do Hospital, com Manuel José Tavares de Campos,  o qual era natural de S. Paio de Gramaços, Oliveira do Hospital, onde nasceu a 13.06.1807, filho de Manuel José Tavares de Figueiredo e de sua mulher Maria Josefa de Campos.
Eram proprietários em S. Paio de Gramaços e aí nasceram os seus filhos:
  • Maria Amália de Campos Amaral (nasceu a 09.09.1860)
  • Joaquim Manuel de Campos Amaral, que segue.
  • António de Campos Amaral (nasceu a 17.08.1864)
  • Manuel Francisco de Campos Amaral (nasceu a 09.05.1867 e faleceu com 22 anos, a 18.06.1889)
  • João de Campos Amaral (nasceu a 23.06.1869) – foi sócio de seu irmão Joaquim Manuel de Campos Amaral, no Rio de Janeiro, onde casou, tendo regressado a Portugal; com geração.
  • Maria Flaviana de Campos Amaral (nasceu a 02.04.1874; faleceu a 20.09.1948)
  • Serafim de Campos Amaral (nasceu a 24.02.1876; faleceu a 27.04.1945)
  • José Joaquim de Campos Amaral (nasceu a 15.03.1878)
  • Lucinda de Jesus (nasceu a 03.05.1881
Manuel José Tavares de Campos faleceu em S. Paio de Gramaços a 26.06.1883, com a idade de 75 anos e sua mulher Joaquina Rosa dez anos depois, a 09.05.1893.

21. Joaquim Manuel de Campos Amaral - ver:

22. Fernanda Amélia Leal Souto de Campos Amaral - Nasceu no Rio de Janeiro a 1901. Casou no Rio de Janeiro com Herculano Rebelo da Rocha, médico em Lisboa, cidade para onde veio morar após o casamento.

Tiveram:
  • Maria Luísa de Campos Amaral Rocha, que segue 

22. Maria Luísa de Campos Amaral Rocha – Nasceu em Lisboa a 24.01.1926.

Foto de Maria Luísa com a mãe, Fernanda Amélia (foto de 1927)
Foto de Maria Luísa com o avô paterno Francisco Luís da Rocha. Tinha 11 anos; esta foto foi tirada no dia 02.09.1937

Casou com João Alexandre de Oliveira (N22; §5) onde segue

§ 3º

10. Beatriz Godinho do Amaral(2) - Nasceu em Midões, filha de Ana Godinho do Amaral (N9; §1º) e do licenciado António Fernandes da Costa. Casou em Midões com Jerónimo Afonso de Moura, filho de Jerónimo Afonso de Baticela, comendador da Ordem de Cristo, e de sua mulher Inês Afonso de Moura.
Tiveram:
  • Manuel da Costa Godinho, que segue.
  • Domingos Afonso Godinho, casou com Domingas Correia Botelho, irmã de João Correia Botelho, casado com Ana de Miranda Godinho (N13; §2º). Seu filho, António Correia Botelho, casou com Isabel de Airó da Costa e tiveram Antónia de Airó Correia. Do seu casamento com Pedro Sengo nasceu Antónia de Airó, baptizada em Midões a 18.04.1654, e que casou em segundas núpcias com Estevão de Miranda Botelho (N14; §2º, onde segue)
  • Isabel Godinho da Costa ou do Amaral
  • Jerónimo Godinho do Amaral
  • Gaspar da Costa do Amaral, fidalgo da Casa Real, que foi para a India, onde morreu
  • Beatriz Godinho da Costa Amaral
  • Simão da Costa Godinho
  • Mécia da Costa Godinho
  • Frei F....Godinho
  • Luísa (bp em Midões a 14.02.1575)
Jerónimo Afonso de Moura faleceu em Midões, com testamento, a 15.10.1598

11. Manuel da Costa Godinho(3) - nasceu em Midões e veio a casar com Antónia de Morais da Cunha, natural de Carvalhal Redondo, filha de Manuel Fernandes de Carvalho, o "padeça" e de sua mulher Francisca de Morais da Cunha a qual seria filha bastarda de D. Luís da Cunha,Senhor de Santar, e de uma "negra ou moura"
Manuel da Costa Godinho e sua mulher viveram em Midões como "pessoas nobres, das principais da terra", e tiveram:
  • Beatriz da Costa
  • Ana da Costa
  • Manuel da Costa Godinho
  • Antónia de Morais da Cunha (bp 10.01.1601)
  • Luísa (bp 18.02.1604)
  • João (bp 05.10.1605)
  • Jerónimo Godinho de Morais (bp 20.08.1608)
  • Maria da Costa Godinho, que segue
Manuel da Costa Godinho faleceu em Midões a 08.10.1619

13. Maria da Costa Godinho(6) - Nasceu em Midões e aí casou com Afonso Tavares de Carvalho, viúvo de Inês de Ilharco.
Afonso Tavares de Carvalho (4) nasceu em Stª Eulália, (Seia), cerca de 1590 e era filho de Afonso Tavares, o velho, (nascido em Stª Eulália e aí baptizado a 17.03.1538),  e de Francisca de Proença, herdeira do Prazo de Stª Eulália. Afonso Tavares, o velho, foi fidalgo da Casa Real e copeiro mor de D. Sebastião tendo acompanhado o Rei na sua aventura africana. Segundo reza a história, terá ficado prisioneiro em Marrocos e o seu resgate terá custado 128 onças de ouro. Após o seu regresso, o Cardeal-Rei D. Henrique, fê-lo comendador do Ervedal. 
Afonso Tavares de Carvalho, casou pela primeira vez, em 1619, em Midões, com Inês de Ilharco e pela segunda vez a 13.01.1636, com Maria da Costa Godinho. Do segundo casamento nasceu Isabel Monteiro de Carvalho, que segue.
Afonso Tavares de Carvalho, foi tabelião do público, judicial e notas das vilas de Midões, Nogueira e Candosa e Senhor do Prazo de Santa Eulália. Faleceu em Midões a 26.07.1666.

13. Isabel Monteiro de Carvalho(6) - Nasceu em Midões, onde foi batizada a 26.05.1637. Foi Senhora do prazo de Stª Eulália.
Casou em Currelos, (Carregal do Sal), a 09.10.1657 com Cristovão Soares de Albergaria (bp em Currelos a 27.10.1694), filho de Luís Soares de Albergaria, fidalgo da Casa Real e juíz ordinário do concelho de Vila do Conde e de sua mulher Luísa de Gouveia Cabral, neto paterno de Pedro Soares de Albergaria, fidalgo da Casa Real, cavaleiro da Ordem de Cristo, capitão-mor de Oliveira do Conde.

Armas dos Soares de Albergaria (Livro do Armeiro Mor - ANTT)
"... de prata com uma cruz florenciada e vazada, de vermelho, bordadura carregada de 12 escudetes de azul, sobrecarregados, cada um, de cinco besantes de prata"

Cristovão Soares de Albergaria foi proprietário do ofício de tabelião do público, judicial e notas das vilas de Midões, nogueira e Candosa, por carta de 18.06.1668 (ANTT - Chancelaria de D. Afonso VI, liv 22, fl 296), sucedendo a seu sogro.
Isabel Monteiro de Carvalho e seu marido viveram em Midões e tiveram (7):
  • Luís Soares de Albergaria (Padre Dr) (bp 02.09.1658); tomou ordens menores em 1678 (AUC - Ordenações sacerdotais, cx 1141); faleceu em Currelos a 15.07.1687.
  • Afonso Tavares de Carvalho Monteiro (Dr.) (bp 23.11.1659), foi bacharel em Cânones em 1690 (AUC - reg. exames na Universidade de Coimbra, autos e graus); habilitado a familiar do Stº Ofício a 23.02.1697 (ANTT - Habilitações ao Santo Ofício, M2, dil 38)
  • Maria Monteiro Soares de Albergaria (bp 13.11.1662)
  • Simão (bp 03.03.1664)
  • Francisca Soares de Albergaria, que segue
  • Cristovão (bp 06.09.1667)
  • António Soares de Albergaria (Reverendo Dr.) (bp 20.10.1669); formou-se em Cânones em 1697 na Universidade de Coimbra (AUC - reg. exames na Universidade de Coimbra, autos e graus); Comissário do santo Ofício por provisão de 02.06.1700 (ANTT - Habilitações ao Santo Ofício, M40, dil 945) foi para a India onde serviu a Inquisição.
  • João (bp 02.08.1671)
  • Estevão (bp 20.12.1673)
  • Isabel Monteiro de Carvalho Soares 8bp 04.04.1676
  • Tomé (bp 27.10.1678)
  • Luísa de Gouveia Cabral
Isabel Monteiro de Carvalho faleceu em Currelos, a 27.10.1694, com testamento.

14. Francisca Soares de Albergaria (6) - Nasceu em Midões, onde foi batizada a 05.11.1665. Aí casou a 03.12.1686 com Jorge Bernardes de Gouveia, o qual era natural de Currelos (Carregal do Sal), filho de Mateus Gomes e de sua mulher Maria Bernardes. 
Viveram em Currelos e tiveram:
  • Caetana (bp 12.06.1687)
  • Bernardo José Cabral Soares de Albergaria, que segue (N15,§4º)
  • Teodósia Maria Soares de Albergaria (bp 23.04.1692)
  • Aurélia (bp 20.03.1694)
  • Plácida (bp 20.03.1694)
  • Jorge Monteiro de Gouveia Cabral Soares de Albergaria, que segue (N15;§5º)
  • Cristovão (bp 16.05.1697)
  • Francisca Rosária (bp 09.04.1701)
  • Rosária (bp 25.04.1703)
  • Joana (bp 29.04.1708)
§ 4º

15. Bernardo José Cabral Soares Nasceu em Currelos a 28.01.1689, filho de Jorge Bernardes de Gouveia e de sua mulher Francisca Soares de Albergaria. Foi o 6º Senhor da Casa da Torre e Quinta de Currelos.
Casou em Currelos com Eusébia da Costa Zuzarte
Teve de Josefa dos Santos (filha de Manuel Fernandes e de sua mulher Antónia Rodrigues) dois filhos:
  • Jerónima Teresa Soares, que segue
  • Silvério Rodrigues
Teve de Maria da Costa Gomes
  • Maria Gomes, nasceu em Currelos onde foi batizada a 20.03.1720. No assento de batismo, está dada como filha de Maria Gomes e de pai incógnito. No assento de casamento com José de Azevedo, é tida como filha de Maria Costa Gomes e do padre Simão Francisco, do Casal Mendo. Contudo no casamento de sua filha Rosário de Azevedo com João de Morais em 1784, esta é referida como neta materna de Bernardo José Cabral Soares
Arquivo Distrital de Viseu; Registos paroquiais de Currelos - batizados 1720/fl121v
“Maria, filha de Maria Gomes solteira da Vila da Cal e de pai incógnito, foi batizada em os vinte dias do mês de Março de mil setecentos e vinte anos pelo padre cura José de Albuquerque. Foram padrinhos Bartolomeu sloteiro e sua mãe Maria Gomes da Vila da Cal e por ser verdade fiz este assento que assinei dia, mês e ano et supra”.
“O vigário Manuel da Costa de Albuquerque”

Arquivo Distrital de Viseu; Registos paroquiais de Currelos - Casamentos 1784/fl82v 

“Aos vinte e quatro do mês de Novembro de mil setecentos e oitenta e quatro, se receberam in facie eclesia, por marido e mulher em minha presença e das testemunhas adiante nomeadas e assinadas procedendo todas as solenidades que dispõe o Sagrado Concílio Tridentino e consta deste Bispado e consentimento de seus superiores, como também por uma sentença que tiveram do ordinário em .... de João de Morais, filho de Bartolomeu de Morais e de sua mulher Isabel Marques do lugar do Casal da Torre, desta freguesia de Santa Maria de Currelos, neto paterno de outro Bartolomeu de Morais e de sua mulher Maria Francisca e materno de Manuel João e de sua mulher Maria Marques, todos do mesmo lugar, com Rosaria de Azevedo, viúva..."
    Arquivo Distrital de Viseu; Registos paroquiais de Currelos - Casamentos 1784/fl 83

...que ficou de Manuel Gomes, filha de José de Azevedo e de sua mulher Maria Gomes, neta paterna de Domingos de Azevedo e de sua mulher Luísa Marques, do mesmo lugar e freguesia e materna de Maria Gomes da Vila da Cal e de Bernardo José Cabral do lugar de Carregal, todos desta mesma freguesia. Foram testemunhas o Padre Cura António Gomes, Francisco Pinto e José Gomes da Guerra da Vila da Cal. E por verdade fiz este assento que assinei era et supra".
                                                                                       “O vigário António José da Silva"

Rosário de Azevedo e seu marido João de Morais, tiveram Francisca Maria de Morais que casou com José Coelho. Maria das Candeias (bp, Currelos 07.12.1809), filha deste casal, casou com Sebastião Soares e tiveram Rosária Maria Soares (bp, Currelos, 01.06.1829). Joaquina Rodrigues, filha de Rosaria Maria Soares e de seu marido Domingos Rodrigues, casou em Currelos a 20.10.1883, com Bernardo de Oliveira. Deste casamento nasceu o meu avô paterno Germano de Oliveira, que segue no N21;§5º.

16. Jerónima Teresa Soares - Nasceu na Vila da Cal, tendo sido batizada em Currelos no dia 23.02.1720. No seu assento de baptismo é dada como filha de Josefa dos Santos, moça solteira e de pai incógnito.

Arquivo Distrital de Viseu; Registos paroquiais de Currelos - batizados 1720/fl

"Jerónima filha de Josefa, solteira da Vila da Cal foi batizada ... em os vinte e três dias de Fevereiro de mil setecentos e vinte anos pelo padre cura desta igreja, José de Albuquerque, não tendo pai......os santos óleos em três dias de mil setecentos e vinte anos e por verdade fiz este assento que assinei dia, mês era et supra"
"O vigário Manuel da Costa de Albuquerque"

Jerónima Teresa Soares, casou em Currelos a 22.07.1751 com Manuel Rodrigues, natural de Currelos, filho de Manuel Rodrigues e de sua mulher Maria da Costa.


Arquivo Distrital de Viseu; Registos paroquiais de Currelos - casamentos 1751/fl17v
“Aos vinte e dois dias do mês de Julho de mil setecentos e cinquenta e um anos, se receberam in face eclesia por marido e mulher em presença do padre cura Manuel da Costa e das testemunhas abaixo nomeadas e procedendo primeiro as solenidades que dispõe o concílio tridentino e cosntituições deste bispado, a Manuel Rodrigues, filho de outro Manuel Rodrigues e de sua mulher Maria da Costa moradores neste Casal da Torre neto pela parte paterna de Pascoal Rodrigues e de sua mulher Maria Jorge, deste Casal da Torre e pela parte materna, neto de Manuel da Costa e de sua mulher Inocência Antunes, moradores que foram em Andorinha, freguesia de Midões, bispado de Coimbra, com Jerónima Teresa Soares, filha de Bernardo José Cabral morador no Carregal e de Josefa dos Santos, solteira, da Vila da Cal, neta pela parte paterna de Jorge Bernardes e de sua mulher Francisca Soares moradores  que foram na Vila da Cal e pela parte materna neta de Manuel Fernandes e de sua mulher Antónia Rodrigues, moradores...”

Arquivo Distrital de Viseu; Registos paroquiais de Currelos - casamentos 1751/fl18

“...que foram nos Fiais do Ervedal Bispado de Coimbra. Foram testemunhas que presentes assinaram, o padre Francisco Correia, o capitão mor João de Brito Jorge Soares, todos da vila da Cal e outras muitas pessoas; por ser verdade fiz este assento que assinei, dia mês e ano et supra.”
“O vigário António Miguel Pereira”


Deste casamento nasceu José Rodrigues, que segue.

17. José Rodrigues - Nasceu em Currelos a 02.10.1756, e aí foi batizado.

Arquivo Distrital de Viseu; Registos paroquiais de Currelos - batizados 02.10.1756/fl100v
"Aos dois dias do mês de Outubro de mil setecentos e cinquenta e seis anos batizei e pus os Santos óleos a José filho de Manuel Rodrigues e de sua mulher Jerónima Teresa Soares moradores neste Casal da Torre..."
Arquivo Distrital de Viseu; Registos paroquiais de Currelos - batizados 02.10.1756/fl101
"... da Torre, neto pela parte paterna de Manuel Rodrigues já defunto e de sua mulher Maria da Costa deste Casal da Torre e pela parte materna neto de Bernardo José Cabral morador no Carregal e de Josefa dos Santos, solteira já defunta, moradora que foi na vila da Cal. Foram padrinhos o padre Francisco Correia, como procurador do padre Vicente Félix de Brito e madrinha Francisca Soares solteira, todos da vila da Cal e por verdade fiz este assento que assinei dia mês ano et supra"
"O vigário António Miguel Pereira"

Casou em Currelos a 06.11.1783, com Bárbara de S. José de Brito, a qual era natural de Vila Meã, Oliveira do Conde, filha de Jacob Martins e de Teresa de Brito.

Arquivo Distrital de Viseu; Registos paroquiais de Currelos - Casamentos 06.11.1783/fl80

Viveram em Currelos e tiveram:
  • Manuel Rodrigues
  • António Rodrigues
  • João Rodrigues
  • Francisco Rodrigues
  • Maria Rodrigues, que segue

18. Maria Rodrigues - Nasceu em Currelos a 13.08.1792, e aí foi batizada.

Arquivo Distrital de Viseu; Registos paroquiais de Currelos - batizados 11.08.1792/fl90v
"Aos vinte e um dias do mês de Agosto de mil setecentos e noventa e dois anos batizei solenemente e pus os Santos Óleos a Maria que tinha nascido a treze do dito mês, filha de José Rodrigues e de sua mulher Bárbara de S. José do lugar do Casal da Torre desta freguesia onde se receberam, neta paterna de Manuel Rodrigues e de sua mulher Teresa Jerónima do mesmo lugar e materna de Jacob Martins e Teresa de Brito do lugar de Vila Meã, freguesia de Oliveira do Conde. Foram padrinhos João Ribeiro e Isabel Joaquina do Casal da Torre; testemunhas Manuel Gomes Ribeiro e António Borges do mesmo lugar..."
"O vigário António José da Silva"

Casou com José Casimiro da Fonseca (N18;§5º), onde segue

§ 5º 

15. Jorge Soares de Albergaria - Nasceu em Currelos onde foi batizado a 26.05.1695. Foi 2º administrador do vínculo de Currelos.
Casou em Currelos com Maria Josefa da Costa a 19.07.1745
Teve de Domingas de Abreu, dois filhos:
  • Josefa de Abreu, que segue
  •  António de Abreu (bp 10.09.1720/Liv Reg Batizados - Currelos fl 126)

16. Josefa de Abreu - Nasceu no Casal da Torre e foi baptizada em Currelos a 07.03.1717. No seu assento de batismo consta como filha de Domingas de Abreu e de pai incógnito.
  
Arquivo Distrital de Viseu; Registos paroquiais de Currelos - batizados 1717/fl

Aos sete dias do mês de Março de mil setecentos e dezassete batizei a Josefa, filha de Domingas de Abreu, natural e moradora no Casal da Torre desta freguesia e lhe pus os Santos Óleos aos dezassete dias do dito mês de Março da era de mil setecentos e dezassete e o pai incógnito, de que fiz este termo que assinei no dia, mês era et supra"
"O padre cura José de Albuquerque"

É no assento de batismo de seu filho Martinho em 1747, que se afirma que Josefa de Abreu era filha de Jorge Soares de Albergaria e de Domingas de Abreu, moça solteira.

17. Martinho José da Fonseca - Nasceu no Casal da Torre e foi batizado em Currelos a 26.08.1747. No seu assento de batismo é tido como filho de Josefa de Abreu, solteira, e de pai incógnito. É ainda referido como neto materno de Jorge Soares de Albergaria e de Domingas de Abreu.

Arquivo Distrital de Viseu; Registos paroquiais de Currelos - Batizados 1747/fl64

"Aos vinte e seis dias do mês de Agosto de mil setecentos e quarenta e sete anos, o padre cura Manuel de Morais batizou e pôs os Santos óleos a Martinho, filho de Josefa de Abreu, solteira, moradora neste Casal da Torre e de pai, digo não lhe deu pai; neto pela parte paterna de Jorge Soares de Albergaria, morador na Vila da Cal e de Domingas de Abreu solteira, moradora que foi neste Casal da Torre. Foram padrinhos Jorge António e sua irmã Maria Rosaria filhos de Jorge Soares da Vila da cal e por verdade fiz este assento que assinei dia, mês e ano supra."
"O vigário António Miguel Pereira"

Casou em Currelos a 17.02.1778 com Ana Maria Gomes, a qual era natural do Casal da Torre, filha de João Francisco Correia e de Maria Gomes Ribeiro. No assento de casamento, Martinho José da Fonseca é tido como filho de Martinho Gonçalves da Fonseca, familiar do Santo Ofício (Tribunal do Santo Oficio, Conselho Geral, Habilitações, Martinho, mç. 4, doc. 67), natural de Santa Maria da Tregosa, Barcelos, filho de Brás Afonso e de Isabel Martins Cardoso. Foi testemunha do seu casamento o Dr. José António da Fonseca, seu meio irmão (filho de Martinho Gonçalves da Fonseca e de Domingas da Costa).

Arquivo Distrital de Viseu; Registos paroquiais de Currelos - casamentos 1778/fl67v

“Aos dezassete dias do mês de Fevereiro de mil setecentos e setenta e oito se receberam in facie ecclesia por marido e mulher e na presença do padre cura, o padre José Madeira e das testemunhas abaixo nomeadas….  A Martinho José da Fonseca filho de Martinho Gonçalves da Fonseca, já defunto, e de Josefa de Abreu moradores no Casal da Torre, neto por parte paterna de Brás Afonso e de sua mulher Isabel Martins Cardoso já defuntos, moradores que foram na freguesia de Santa Maria da Tregosa, Arcebispado de Braga e pela materna de Jorge Soares de Albergaria, já defunto e morador que foi na Vila da Cal e de Domingas de Abreu, já defunta, moradora que foi no Casal da Torre, com Ana Maria, filha legítima de João Francisco, já defunto e de sua mulher Maria Gomes, moradores neste Casal da Torre, neta pela parte paterna de Francisco João e de sua mulher Maria Gomes e pela materna de Caetano Francisco e de sua mulher Maria Gomes já defuntos, moradores no dito lugar do Casal da Torre, Bispado de Viseu. Foram testemunhas que presentes estiveram, o Padre António Gomes, o Doutor António José da Fonseca, Manuel Inácio de Sousa e outras mais pessoas, todas do Casal da Torre e por ser verdade fiz este assento que assinei dais, mês, anno et supra"
“O Cura José Madeira”

Martinho José da Fonseca e sua mulher viveram em Currelos e tiveram José Casimiro da Fonseca, que segue.

18. José Casimiro da FonsecaNasceu no Casal da Torre a 15.02.1787 e foi batizado em Currelos a 04.03.1787


Arquivo Distrital de Viseu; Registos paroquiais de Currelos - batizados 1787/fl12v
“Aos quatro de Março de mil setecentos e oitenta e sete anos, batizei solenemente e pus os Santos Óleos a José, que tinha nascido aos quinze de Fevereiro do dito ano filho de Martinho José da Fonseca e de sua mulher Ana Maria do lugar do Casal da Torre, desta freguesia, neto paterno de Martinho Gonçalves da Fonseca e de Josefa de Abreu, solteira e materno de João Francisco e de sua mulher Maria Gomes, todos do dito lugar e freguesia. Foram padrinhos Nossa Senhora das Candeias, José …, o Reverendo padre António Gomes e Manuel Gomes Ribeiro. Testemunhas João Ribeiro e José Gomes da Guerra e por ser verdade fiz este assento que assinei era et supra”
                                                                               “O vigário António José da Silva”


José Casimiro da Fonseca, foi lavrador, proprietário em Currelos, onde casou, a 02.08.1814, com Maria Rodrigues (N18;§4º), filha de José Rodrigues e de sua mulher Bárbara de S. José, natural de Vila Meã, Oliveira do Conde.

Arquivo Distrital de Viseu; Registos paroquiais de Currelos - Casamentos 02.08.1792/fl83v
"Aos dois de Agosto de mil oitocentos e catorze pelas nove horas da manhã nesta paroquial igreja de Nossa ..."
Arquivo Distrital de Viseu; Registos paroquiais de Currelos - Casamentos 02.08.1792/fl84
"...Senhora da Purificação de Currelos tendo procedidos...e sendo dispensados pelo ilustríssimo e reverendíssimo Senhor Vicente.. delegado apostólico de sua Santidade no impedimento em parentesco no quarto grau de consanguinidade na forma do Sagrado Concílio Tridentino...na minha presença das das testemunhas abaixo assinadas, contraíram matrimónio por palavras do presente claras e inteligíveis José Casimiro da Fonseca filho legítimo de Martinho José da Fonseca e de Ana Maria, com Maria Rodrigues, filha legítima de José Rodrigues e de Bárbara de S. José, ambos batizados nesta freguesia e moradores no Casal da Torre. Ao qual acto foram testemunhas presentes, Joaquim José da Silva Pais estudante da Universidade de Coimbra, João Borges, cirurgião e João Rodrigues, soldado do regimento de Tondela, todos desta freguesia. Do que fiz este assento era et supra."
"O vigário Pedro Paulo de Almeida Serra"


Viveram em Currelos e tiveram:
  • Maria Casimiro da Fonseca Rodrigues, que segue.
  • Joaquina (Bp 07.10.1821)
  • José (Bp 03.12.1823)
  • João (Bp 01.08.1826)
  • Teresa de Jesus Casimiro (Bp 14.04.1832)

19. Maria Casimiro da Fonseca RodriguesNasceu em Currelos, onde foi batizada a 12.09.1819.

Arquivo Distrital de Viseu; Registos paroquiais de Currelos - batizados 12.09.1819/fl82

Casou em Currelos a 21.12.1852 com António José de Albuquerque, natural de Currelos onde nasceu a 07.10.1828, filho de José António de Albuquerque, de Parada e de Maria de Albuquerque Figueiredo, do Casal Mendo (Currelos).

Arquivo Distrital de Viseu; Registos paroquiais de Currelos - Casamentos 02.08.1792/fl168
Arquivo Distrital de Viseu; Registos paroquiais de Currelos - Casamentos 02.08.1792/fl168v

António José de Albuquerque e Maria Casimiro da Fonseca Rodrigues, viveram em Currelos e tiveram:
  • Maria da Assunção de Albuquerque (Bp 01.06.1857)
  • Emília da Trindade de Albuquerque (Bp 03.06.1860)
  • Maria da Natividade de Albuquerque, que segue

20. Maria da Natividade de Albuquerque - Nasceu em Currelos a 16.03.1862.

Arquivo Distrital de Viseu; Registos paroquiais de Currelos - batizados 25.03.1862/fl41
Maria da Natividade de Albuquerque (a única foto conhecida; tirada no final do século XIX na Figueira da Foz, Estudio J.Gonçalves na Rua dos Banhos, 78)

Teve duas filhas de António Rodrigues da Fonseca, o qual era natural de Currelos, onde nasceu a 07.10.1871, filho de Luís Rodrigues Ribeiro e de Ana Rodrigues da Fonseca.
  • Albertina do Nascimento de Albuquerque, que segue
  • Cândida Augusta de Albuquerque (que nasceu em 1900)
Maria da Natividade de Albuquerque, faleceu em sua casa em Currelos aos 88 anos, a 21.03.1950. Está sepultada no Cemitério de Currelos.

21. Albertina do Nascimento de Albuquerque – Nasceu em Currelos a 19.03.1905 e aí foi batizada a 08.04.1905.

Arquivo Distrital de Viseu; Registo Civil -Currelos; Carregal do Sal - assento nº 20 de 1905
Albertina do Nascimento de Albuquerque, fotografada em 1926, por altura do seu casamento em Lisboa com Germano de Oliveira (Estúdio Fotografia Portugal, na calçada do Duque nº 18 em Lisboa)
Germano de Oliveira, fotografado em Lisboa em 1926

Casou em Lisboa, na Igreja dos Anjos, a 16.08.1926, com Germano de Oliveira,  nascido em Currelos a 04.08.1895, também ele descendente de Bernardo José Cabral Soares (N15; §4º) e por conseguinte de Domingos Joanes, o Cavaleiro de Oliveira.
Germano de Oliveira e Albertina do Nascimento Albuquerque tiveram quatro filhos:
  • António Gonçalo de Oliveira, que nasceu em Currelos a 13.06.1927 e faleceu na infância
  • João Alexandre de Oliveira, que segue
  • Joaquim José de Oliveira, que nasceu em Currelos a 28.04.1931; casou no Rio de Janeiro (com geração).
  • Maria Augusta de Oliveira que nasceu em Currelos a 10.12.1932; casou em Currelos (com geração).
Germano de Oliveira faleceu em Currelos a 25.04.1969 e Albertina do Nascimento de Albuquerque em Oliveira do Hospital a 09.04.1992

22. João Alexandre de Oliveira – Nasceu em Currelos a 24.06.1928. 
Licenciou-se em arquitectura pela faculdade de arquitectura de Lisboa. 
Casou com Maria Luísa de Campos Amaral Rocha (N23; §2º) na Igreja de Nossa Srª de Fátima, em Lisboa, a 24.07.1951

João Alexandre e Maria Luísa no dia do seu casamento na Igreja de Nossa Srª de Fátima em Lisboa a 24.07.1951
Tiveram:
  • João Augusto Amaral Rocha de Oliveira,que nasceu em Lisboa a 12.02.1953; com geração
  • José Paulo Amaral Rocha de Oliveira, que segue 

23. José Paulo Amaral Rocha de Oliveira - Nasceu em Lisboa a 01.08.1955. Com geração.




BIBLIOGRAFIA

(1) Subsídios para a genealogia de Frei André do Amaral, de Touriz; VASCONCELOS, Manuel Rosado; Lisboa; (Arquivo Histórico de Portugal); 1947
(2) Raízes da Beira -Genealogia e Património da Serra da Estrela ao Vale do Mondego; GONÇALVES, Eduardo Osório; Vol I; ttº "Amarais de Touriz" - 331/346; Editora Dislivro Histórica 2006
(3)  Raízes da Beira -Genealogia e Património da Serra da Estrela ao Vale do Mondego; GONÇALVES, Eduardo Osório  Vol II; ttº "Mirandas Brandões, de Midões" - 452/462; Editora Dislivro Histórica 2006
(4)  Raízes da Beira -Genealogia e Património da Serra da Estrela ao Vale do Mondego; GONÇALVES, Eduardo Osório; Vol I; ttº "Airós, de Santa Eulália" - 317/319; Editora Dislivro Histórica 2006
(5)  Freires de São Gião; MENDES, Nuno Canas; pág 87; §6; X; PF Lisboa 1995
(6)  Raízes da Beira -Genealogia e Património da Serra da Estrela ao Vale do Mondego; GONÇALVES, Eduardo Osório; Vol II; ttº "Tavares, de S. Romão" - 743/760; Editora Dislivro Histórica 2006
(7) Ascendências viseenses; SOVERAL, Manuel Abranches de; Vol I; p.246; Porto; Edição do autor, 2004