terça-feira, 22 de dezembro de 2015

ROSA BERNARDA, a 1ª geração das minhas avós cariocas



Rio de Janeiro no século XVIII

ROSA BERNARDA DE JESUS ORMONDE PIMENTEL, nasceu no Rio de Janeiro a 7 de Julho de 1748, filha de Manuel Pimentel de Mesquita e de Inácia de Jesus Ormonde.

Seu pai, Manuel Pimentel de Mesquita, nasceu em 1675 em Stª Bárbara na Ilha Terceira, Açores, filho de Manuel Pimentel de Mesquita e de Maria Madalena Romeiro.Serviu á sua custa como soldado no Castelo de S. João Baptista, de 1706 a 1712. Casou pela primeira vez em Stª Bárbara com Isabel Rodrigues da Ressurreição, de quem teve vários filhos. O mais velho dos quais, Manuel Rodrigues Pimentel, veio a ser Arcebispo da Sé de Angra.
Em 1715, foi nomeado Tabelião do público e do Judicial em Angra. Após a morte da sua primeira mulher, passou ao Brasil.

Aos 68 anos, casou, no Rio de Janeiro, na Candelária, a 30.09.1743 (f98v) com Inácia de Jesus Ormonde, também natural da Ilha Terceira, da freguesia de Stª Catarina do Cabo da Praia, filha de António Cardoso e de Catarina Assunção, como consta do respectivo assento de casamento.

Livro de registos de casamento da Candelária/Rio de Janeiro – f98v

Aos trinta de Setembro de mil setecentos e quarenta e três anos, nesta paroquial, em minha presença e das testemunhas abaixo nomeadas, se receberam em matrimónio por palavras do presente, feitas as diligências na forma do sagrado Concílio Tridentino e Constituição, Manuel Pimentel de Mesquita, natural da Ilha Terceira, viúvo que ficou de Isabel Margarida da dita freguesia e morador nesta freguesia na Rua dos Pescadores, com Dona Inácia de Ormonde, natural da freguesia de Stª Catarina do Cabo da Praia da sobredita Ilha, filha legítima de António Cardoso e de sua mulher Dona Catarina da Assunção, moradora nesta freguesia e da mesma rua, como tudo me constou da provisão que me apresentaram do muito Reverendo Juiz dos casamentos o Doutor Henrique Moreira de Carvalho. E por me não constar de impedimento algum e tendo se confessado, lhes assisti e dei as bênçãos, sendo testemunhas Manuel Correia da silva e Domingos Francisco Braga, de que fiz este assento e assinaram comigo.”
O Vigário Inácio Manuel

Rosa Bernarda de Jesus Ormonde Pimentel de Mesquita, foi baptizada na freguesia da Candelária, no Rio de Janeiro a 7 de Julho de 1748, tal como consta no seu assento de baptismo.

Livro de registos de baptismo da Candelária – livro 6; 1734-1757/f257
“Aos dezoito dias de Julho de mil setecentos e quarenta e oito, nesta Paroquial baptizei e pus os Santos Óleos a Rosa, filha legítima de Manuel Pimentel de Mesquita, natural da Ilha Terceira e de sua mulher D. Inácia de Jesus Ormonde, da mesma ilha e moradores nesta freguesia. Neto pela parte paterna de Manuel Pimentel de Mesquita e de Maria Madalena, já falecidos e pela parte materna, de António Cardoso….. e de D. Catarina da Ascenção, todos da dita Ilha. Foram padrinhos João do Couto Pereira e Francisca Rosa de São Boaventura, mulher de Dionísio da Costa. Nasceu aos sete do corrente”
O Vigário Ignácio Manuel

Casou, no Rio de Janeiro, com José Manuel Pinto de Castro, natural de Vila Flor, (Bragança;Portugal), filho de António Pinto de Castro (nascido na freguesia de Sampaio, Vila Flor e aí baptizado a 31.05.1686) e de Catarina Josefa de Morais, neto paterno de Domingos Afonso Lopes e de sua mulher Úrsula Pinto de Castro e neto materno do licenciado António Fernandes de Mesquita e de sua mulher D. Ana Maria Correia de Morais Alcoforado, os quais se receberam em Vila Flor a 20.06.1690.

Terá passado ao Brasil provavelmente como militar pois é referido num registo da Candelária, como Capitão José Manuel Pinto de Castro.

Assinatura de José Pinto de Castro como testemunha num casamento na Candelária no Rio de Janeiro em 1777 (PRQ –RJ; CANDELÁRIA-Livro Casamentos 1764-1782/ f143v (tif 127)


Do casamento de José Manuel Pinto de Castro com Rosa Bernarda de Jesus, nasceu pelo menos uma filha, Ana Joaquina Pinto de Castro.

No registos paroquiais do Rio de Janeiro, encontramos um assento de baptismo de “... Gertrudes, filha de Mariana, preta, escrava de José Pinto de Castro” aos dezasseis dias do mês de Setembro de mil setecentos e oitenta o que atesta a posição social de José Pinto de Castro.


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