quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

JOAQUIM MANUEL DE CAMPOS AMARAL E A ASSOCIAÇÃO DOS EMPREGADOS NO COMÉRCIO DO RIO DE JANEIRO


No Brasil, Joaquim Manuel de Campos Amaral, não se notabilizou apenas pelo seu sucesso como comerciante e empresário. Também granjeou significativo prestígio pelo papel desempenhado na Associação dos Empregados no Comércio no Rio de Janeiro (AEC-RJ).

A AEC-RJ, foi fundada a 7 de Março de 1880, com o objectivo de defender os direitos dos empregados no comércio e estabelecer uma obra beneficente em favor, quer dos associados, quer da comunidade. A primeira grande conquista da Associação, foi o encerramento dos estabelecimentos comerciais ao Domingo.

Joaquim Manuel de Campos Amaral, foi admitido como sócio, em Julho de 1896, com 37 anos, tendo-lhe sido atribuído o nº 1314. Nos vinte e dois anos que se seguiram, desempenhou sempre um papel activo em favor da Associação.

O seu nome é recordado em ambos os livros editados sobre a AEC-RJ. Um publicado em 1930, (“Associação dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro: meio século de narrativa histórica” do Prof Ferreira da Rosa) para comemorar o meio século da Associação e o outro em 1980, para comemorar o centenário, (“Um século: 1880-1980 – Associação dos Empregados do Comércio do Rio de Janeiro” do Prof. Valdir Rocha).



“Um século: 1880-1980 – Associação dos Empregados do Comércio do Rio de Janeiro”; Prof. Valdir Rocha - edição de 1980, para comemorar um século da associação.

Na página 481, o Prof. Valdir Rocha refere-se ao avô Joaquim nos seguintes termos:

JOAQUIM MANUEL DE CAMPOS AMARAL (1859-1918) 
“Campos Amaral foi Presidente da Associação em períodos difíceis:
- De 03.11.1905 aos meados de 1908, quando eram grandes os problemas financeiros e administrativos, com a aquisição do terreno na avenida Central e o lançamento do empréstimo de 500:000$000 e depois de 800:000$000, cancelando o primeiro
- De 1916 a 1918 (data em que faleceu), período iniciado no topo de uma crise na Directoria da AEC, também ás voltas com problemas financeiros.
Foi, como alguns outros líderes na história da casa, o dirigente para o qual se apelou nas horas de dúvidas e incertezas; homem providencial portanto.
Em seu período ocorreram grandes factos internacionais, relacionados com a segunda metade da 1ª guerra mundial.
Admitido com sócio em 1896, tornou-se Benfeitor em 1907. Foi membro do Conselho Administrativo em 1905/06 e 1909/10; Benemérito e Benemérito Distinto; 1º Tesoureiro da Comissão Directora durante pouco mais de 30 dias em 1916; Presidente em 1907/08 e de 1916 a 1918.
Pelos valiosos serviços que Campos Amaral prestou á sua querida AEC, seu nome foi lembrado para esta homenagem de saudade”

No livro do Prof Ferreira da Rosa, publicado em1939 para comemorar os 50 anos da AEC-RJ, é descrito, com mais detalhe, o papel de Joaquim Manuel de Campos Amaral na afirmação da associação e na resolução das inúmeras crises por que esta passou no início do século XX.
Em 1905 estava-se no auge da construção da Avenida Central, que iria transformar o Rio de Janeiro numa cidade moderna e cosmopolita, deixando para trás o passado colonial. A nova avenida, obrigou à demolição de 585 prédios e à destruição de parte dos morros do Castelo e de S. Bento. Com cerca de 2 km de comprimento e 33 m de largura, com passeios largos, iluminação eléctrica e prédios altos de estilo ecléctico mudou irremediavelmente a fisionomia e a vivência urbana da antiga cidade colonial.

Os primeiros prédios da Av. Central no cruzamento da avenida com a rua da Assembleia; 
o prédio de esquina sobreviveu e ainda hoje se pode observar. Por trás à esquerda é 
visível ainda o morro do castelo e ao fundo à direita o morro do pão de açúcar.

Desde logo a Associação manifestou o desejo de marcar presença nessa avenida, que era o novo símbolo da modernidade do Rio de Janeiro.
A Escritura de Compra e Venda do terreno da avenida foi assinada em Abril de 1905, no meio de uma crise financeira na Associação, avolumada pelos prazos a cumprir, que eram impostos pela Comissão Construtora da Avenida. O terreno destinava-se à construção de uma nova sede, para substituir a que tinha sido construída em 1889 e se localizava na Rua Gonçalves Dias.


Lote de terreno na Avenida Central, entre a Rua 7 de Setembro e a Rua do Ouvidor,
 para a construção da nova sede da AEC-RJ em 1905
À esquerda a nova sede e à direita a sede construída em 1889 na Rua Gonçalves Dias

A 7 de Outubro foi constituída uma Comissão Administrativa, da qual faziam parte: Armando de Figueiredo, Manoel da Silva Pilar, Heráclito Domingues e Joaquim Manuel de Campos AmaralA primeira acção da Comissão foi resgatar o terreno da avenida, que possibilitaria, com a construção de um novo edifício, o alargamento da sede da Rua Gonçalves Dias, até à nova avenida. Para isso foram entregues as plantas do novo edifício e renegociado o prazo de pagamento.


Projecto da nova sede da AEC-RJ
Arquitecto: A. Morales de los Rios
Proprietária: Associação dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro
Construtor: Bodernage & Rossi
Frente – 20 m; Altura geral sobre o solo – 26,25 m;  Altura máxima – 44,59

Foi nesta altura que Joaquim Manuel de Campos Amaral, juntamente com os outros membros da Comissão, se reuniu com o Dr. Paulo de Frontin, que foi um dos maiores engenheiros e homens públicos da história brasileira. A avenida Rio Branco e a avenida Atlântica são algumas das suas realizações no Rio de Janeiro. Uma das netas do avô Joaquim viria a casar, já nos anos quarenta do século XX com um dos netos do Dr. Paulo de Frontin, com descendência no Rio de Janeiro.


Nessa reunião foi manifestado o interesse e assegurada a viabilidade económica do projecto através de um pedido de empréstimo, sobre penhora dos bens da Associação, dando Joaquim Manuel de Campos Amaral uma garantia de cem contos de reis sobre a sua firma comercial. O valor dessa nota de crédito e o prestígio do empresário foram agentes promotores de confiança no projecto e possibilitaram a abertura de novos créditos, nomeadamente pelo Banco União do Comércio, no valor total de quinhentos contos de reis.
A 3 de Novembro de 1905, como reconhecimento do empenho e dedicação, Joaquim Manuel de Campos Amaral é eleito Presidente da Associação.

Uma vez aprovadas as plantas do novo edifício da sede da AEC pela Comissão Construtora da Avenida, foi lançada a primeira pedra no dia 19 de Novembro de 1905. O acontecimento é noticiado nos principais jornais do Rio de Janeiro.

No dia 27 de Dezembro, no Cartório Fonseca Hermes renova-se a Escritura de Compra do terreno, por 80 contos, a pagar em 20 de Fevereiro de 1906. Neste acto a Associação foi representada por Joaquim Manuel de Campos Amaral.

No dia seguinte foi assinada a escritura de hipoteca do prédio da rua Gonçalves Dias, terreno da avenida e benfeitorias, como base para a emissão de 10.000 títulos de 50$.
Os principais investidores foram o Banco União do Comércio e a Lebrão & Cia que ficaram com 1000 títulos cada e Joaquim Manuel de Campos Amaral e o Conde de Sucena entre outros que ficaram com 600 títulos cada.

A 5 de Fevereiro é feita a escritura de quitação e ratificação, pela quantia de 80:000$, sendo a Associação representada neste acto pelo seu presidente Joaquim Manuel de Campos Amaral. Nesta escritura estabelecia-se o dia 15 de Novembro de 1906, como prazo de conclusão das obras da fachada, e de dois anos para a conclusão total da obra.

 “.. Consolidados os alicerces, sobem as paredes, anima-se a fabrica. Chega da Europa o ferro , encomenda-se da Itália o mármore ... os sócios contentes com a administração fazem espontaneamente donativos que no ano  atingiram a 16:326$440. Campos Amaral neste ano indicou 77 sócios e foi graduado como Benemérito Distinto. Com as finanças organizadas, o ano acabava bem.”
“Associação dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro: meio século de narrativa histórica” do Prof Ferreira da Rosa; pág.270

A 23 de Fevereiro de 1907, Joaquim Manuel de Campos Amaral faz um donativo de 4:875$ em dinheiro. A 7 de Março de 1907, no 27º Aniversário da Associação, Joaquim Manuel de Campos Amaral recebeu o Presidente da República do Brasil, o Dr. Afonso Pena, para as comemorações da efeméride.

Em Dezembro de 1907 havia 18.734 sócios e o novo edifício crescia, prometendo vir a ser um dos um magníficos exemplares da nova avenida. A escada projectada para o edifício é encomendada a  fabricantes de Paris. Os mármores de Itália para a fachada. Julião Machado desenha os vitrais. A Casa Smith foi incumbida da instalação eléctrica.

Corria o ano de 1908. A construção do novo edifício, sorvia avassaladoramente o produto do empréstimo, a juros de 9% ao ano. Nesse ano, a falência do Banco União do Comércio e da Cia. Mercúrio, dois dos principais investidores, constituiu um rude golpe para a Associação e a apreensão pela dívida de 530:000$ a pagar até 30 de Junho, fez-se sentir.  Mais tarde, alegando motivos de doença, Joaquim Manuel de Campos Amaral solicita a sua substituição pelo vice presidente.

Em Dezembro de 1908, as obras de construção estão concluídas, tendo já sido gastos 903 contos de reis, faltando as decorações do salão, orçadas entre 50 e 80 contos de reis. A 15 de Janeiro de 1909 o conselho reuniu-se autorizando operações de crédito para obter os cem contos necessários para a conclusão do edifício. Em Fevereiro é constituída uma nova Directoria. Joaquim Manuel de Campos Amaral faz parte do Conselho.

A 7 de Março de 1909, no 29º aniversário da Associação, é inaugurada a nova sede na Avenida Central no número 116. Presidiu a sessão o General Francisco Marcelino de Souza Aguiar e foi orador o deputado Barbosa Lima:

“… o marco luminoso da jornada concluída pela Associação para colocar nome na fachada e a vida benéfica sob a cúpula de um grande edifício...”

O edifício foi percorrido, em visita, pela maioria dos convidados. Na parte central do pavimento térreo, do lado da avenida, localizava-se a Tesouraria e a Contabilidade. No 1º piso, o Salão Nobre, uma sala de recepções e a sala do Conselho. No 3º as instalações do Clube (que só viriam a ser inauguradas em Outubro desse ano); e no 4º andar, a secção desportiva.

A fachada principal era dominada pela janela imensa do salão nobre, encimada por um arco com a inscrição Associação dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro e no centro, uma escultura do ex-libris da Associação – uma espécie de ramo com duas cobras subindo de cada lado, tocando a cabeça de Mercúrio (o Deus do Comércio) com um elmo alado.



Entrada principal da AEC-RJ, na Avenida Central 
(em baixo à dtª é possível observar-se a montra da 
“sorveteria Alvear”, um dos locais de moda do 
início do séc XX)

Avenida Central - da esquerda para a direita, o edifício sede do Jornal o País, a Rua 7 de Setembro, o Clube de Engenharia (vencedor do concurso de fachadas promovido pela Comissão Construtora da Avenida, o edifício da “Casa Arthur Napoleão” (instrumentos musicais), a sede da A EC-RJ e o Cine Pathé.

Da esquerda para a direita: sede da AEC-RJ, edifício do cinema Pathé, edifício não identificado e depois o edifício sede do “Jornal do Brasil”- à data a construção mais alta da América latina

No dia 12 de Outubro de 1909, foi inaugurado o “Clube da AEC”, para recreio dos sócios; e nesse mesmo dia, em sessão solene, foram homenageados os sócios que mais contribuíram com donativos, para a construção do edifício.

Sarau no salão nobre da associação

Foram atribuídas medalhas comemorativas da inauguração do edifício, cunhadas em prata e cobre a mais de 400 sócios.


Medalha comemorativa, em prata, da inauguração do edifício sede em 1909 e atribuída aos sócios que mais contribuíram em donativos para a construção do edifício. O avô Joaquim também recebeu uma

Ao Comendador Joaquim Manuel de Campos Amaral, como sócio que contribuiu com a quantia mais avultada para a edificação da nova sede, foi feita uma homenagem especial, tendo-lhe sido atribuído, em nome da Associação, um presente especial, um cronómetro Patek Philippe em ouro da linha Gondolo & Laboriau.


Relógio de bolso Patek Philippe -Chronometro Gondolo – ouro 18K c. 1909
Tem a inscrição "Chronometro Gondolo - Fabricado Expressamente para Gongolo & Labouriau Relogios - Rio-De-Janeiro Patek Philippe & Cie. Geneve"

A Patek Philippe iniciou a comercialização dos seus produtos na América Latina na década de 70 do século XIX. O sucesso foi de tal ordem, que em 1902 foi estabelecida uma parceria com os joalheiros Gondolo & Labouriau do Rio de Janerio tendo sido iniciada uma linha de acordo com as especificações dos clientes brasileiros.As técnicas de marketing inovadoras permitiram à Gondolo & Labouriau, transformar-se num dos mais importantes vendedores mundiais de relógios Patek Philippe.

É pois de supor que o relógio oferecido pela Associação a Joaquim Manuel, em 1909, fosse igual a este!

Relojoaria Gondolo, na Rua da Quitanda, representante dos Patek Philippe no Rio de Janeiro

Entre 1910 e 1916, não é feita qualquer menção ao nome de Joaquim Manuel de Campos Amaral no livro do Professor Ferreira da Rosa. Corresponde ao período de tempo em que a família Campos Amaral se mudou para a Europa, por motivo de doença da avó Luciana.

Embora mantendo os seus negócios no Rio de Janeiro, só em 1916, após a morte da avó Luciana, é que o avô Joaquim regressa ao Brasil e retoma a sua actividade, não só como empresário, mas também como quadro dirigente da AEC-RJ.

Logo a 12 de Maio de 1016, 132 membros da Assembleia Deliberativa reúnem-se para nomear imediatamente uma Comissão para dirigir os destinos sociais até a eleição do novo Conselho. Joaquim Manuel de Campos Amaral é nomeado 1º tesoureiro, tendo recebido do tesoureiro cessante, uma caderneta do Banco Mercantil com 10 contos, mais um conto e trezentos em moeda, e apólices da Caixa de Pecúlios.

É em 1916 que se estabelece como tradição da Associação, as reuniões de convívio entre os sócios, às quartas feiras. Em Julho é eleito novo Conselho Administrativo, sendo Joaquim Manuel de Campos Amaral mais uma vez nomeado Presidente da Associação.

Neste seu segundo período à frente da Associação, Joaquim Manuel de Campos Amaral promoveu medidas e reformas importantes.

Foi um dos promotores da ideia de criação do Instituto Brasileiro de Contabilidade, defendendo-a acerrimamente no Congresso Brasileiro dos Empregados no Comércio e que levou à sua fundação em 1916, tendo funcionado vários anos nas instalações da Associação.

Foi também por sua iniciativa, que a Associação apoiou a campanha em prol da “semana inglesa” (encerramento do comercio aos Sábados às duas horas da tarde).

Ainda em1917, sendo presidente Joaquim de Campos Amaral, uma outra “revolução” teve lugar em prol dos direitos das mulheres. Pela primeira vez foram eleitas duas mulheres para cargos de relevo na Associação, refletindo o espírito aberto e progressista da instituição. Desta eleição fez eco a 6 de Janeiro de 1917, a “Revista da Semana”, semanário publicado no Rio de Janeiro. O artigo era acompanhado das fotos das duas senhoras eleitas.
“Eleições femininas – É pelo trabalho que a mulher está cada vez mais igualando-se ao homem e ascendendo progressivamente para o exercício dos cargos públicos. É já enorme o número de mulheres empregadas do Estado, do comércio e nas indústrias.
Desde que ela foi considerada apta para produzir em igualdade de condições com o homem, partilhando com ele das responsabilidades e das fadigas, seria indefensável e mesmo iníquo exclui-las de uma participação mais ampla na vida social.
Na última eleição realizada na Associação dos Empregados no Comércio,nada menos de duas senhoras foram eleitas para a Assembleia Deliberativa. Isto abona o critério superior, emancipado de preconceitos retrógrados  da grande corporação comercial, que reconhece a necessidade de uma representação feminina em uma classe onde otrabalho da mulher entra em proporções consideráveis…”
"A Revista da Semana" , 06 de Janeiro de 1917
A cadeira do Presidente da AEC-RJ
(foi nesta cadeira que o avô Joaquim Manuel se sentou enquanto Presidente)

A 30 de Junho de 1918, na sua casa na Rua de S. José 78, Joaquim Manuel de Campos Amaral, com apenas 58 anos, faleceu na sequência de uma infecção respiratória. Foi uma das primeiras vítimas da pandemia de gripe (“pneumónica”) que assolou o mundo, nesse ano de 1918 e que no Rio de Janeiro viria a fazer milhares de vítimas.

À data da sua morte para além de presidente da AEC-RJ, era também Presidente do Centro dos Industriais em Mármores e proprietário de duas casas comerciais, a Amaral, Guimarães & Cia e a Amaral, Pimentel & Cia.


A Associação dos Empregados no Comércio, encarregou-se do funeral e rendeu-lhe homenagem de respeito e saudade. Foi sepultado no Cemitério de S. João Baptista do Rio de Janeiro.



AGRADECIMENTO FINAL


Antes de terminar esta crónica gostaria de deixar aqui o meu agradecimento a alguém que de uma forma apaixonada deu um contributo inestimável para o conhecimento que hoje temos do papel do avô Joaquim na AEC-RJ.


Aqui vai a história. Em 2009, quando iniciamos as nossas investigações genealógicas, tomamos conhecimento que o avô Joaquim tinha sido presidente da Associação dos Empregados no Comércio no Rio de Janeiro. Sem grande expectativa enviamos um mail para a Associação e poucos dias depois recebíamos uma resposta.


A secretária da administração, Iza Barros informava-nos que ia tentar, no que estivesse ao seu alcance, dar o seu contributo. E assim ao longo de várias semanas fomos recebendo mails acerca do andamento da pesquisa. Aquilo que começou como uma gentileza da Iza para com os descendentes de Joaquim Manuel de Campos Amaral, virou um projecto de investigação histórica e ao fim de algum tempo recebíamos um relatório completo da história da associação e os detalhes da acção de Joaquim Manuel de Campos Amaral.


O carinho, dedicação e empenho com que a Iza abraçou este projecto, motivado apenas pelo desejo de ajudar alguém a conhecer as suas origens, fez-nos acreditar que apesar de tudo o que vemos e ouvimos, ainda há muita gente boa no mundo. Nem sempre são  grandes os gestos que fazem a diferença. É frequentemente no anonimato dos pequenos gestos que contribuímos para a felicidade uns dos outros e para a construção de um mundo melhor.


Bem haja Iza por fazer deste mundo um lugar melhor.


José Paulo Amaral Rocha de Oliveira, bisneto de
Joaquim Manuel de Campos Amaral e Iza Barros, na AEC-RJ em 2009
Atual sede da AEC-RJ; os edifícios inaugurados em 1900 e em 1905, foram demolidos em 1939 para a construção do novo edifício sede com 14 andares, que foi inaugurado em 1942

Cruzamento da  Avenida Central com a Rua 7 de Setembro,
identificando-se à direita o Clube dos Engenheiros e logo a seguir a Sede da AEC-RJ; o edifício mais alto é o da sede do “Jornal do Brasil”

O mesmo cruzamento em 2009; a actual sede da AEC-RJ é o edifício que se observa do lado esquerdo e que substituiu o anterior em 1942. Cem anos depois da inauguração, imperam os arranha-céus de vidro, na quarta geração de prédios da Avenida.






3 comentários:

  1. Gostei tanto de saber como defendia os direitos dos trabalhadores e das mulheres! É um orgulho. :)

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